Comer carne está nos matando?

Uma revisão de seis estudos que avaliaram os efeitos de dietas carnívoras e vegetarianas concluiu que todas as causas de mortalidade são maiores para aqueles que comem carne, particularmente vermelha ou processada, em uma base diária.

A meta-análise envolveu mais de 1,5 milhões de pessoas, foi conduzida por médicos da Clínica Mayo, no estado americano do Arizona, e publicada no Journal of the American Osteopathic Association.


Qualquer causa

Há pouco tempo, a Agência Internacional de Pesquisa sobre o Câncer das Nações Unidas afirmou que a carne é uma substância cancerígena tão perigosa quanto o plutônio ou o tabagismo.

A nova análise corrobora essa visão. Apesar da variabilidade dos dados, os pesquisadores concluíram que o aumento da ingestão de carne vermelha, especialmente a vermelha e processada, está associado com o aumento da mortalidade por qualquer causa.

O estudo acompanhou mais de um milhão de pessoas e considerou a associação de mortalidade e carne processada (como bacon, salsicha, salame e presunto), bem como carne vermelha não processada (como carne não curada nem salgada de vaca, porco e cordeiro).


Dados convincentes

A meta-análise de 2014 examinou as associações com mortalidade por doença cardiovascular e doença isquêmica do coração. Nesse estudo de mais de 1,5 milhões de pessoas, pesquisadores descobriram que a carne processada aumentava significativamente o risco de mortalidade por qualquer causa.

Além disso, uma revisão com mais de 500.000 participantes feita em 2003 revelou uma diminuição do risco de 25% para quase 50% de todas as causas de mortalidade em pessoas com consumo muito baixo de carne em comparação com pessoas com alto consumo.

Os cientistas também descobriram um aumento de 3,6 anos na expectativa de vida das pessoas que levavam uma dieta vegetariana durante mais de 17 anos, em comparação com os vegetarianos de curto prazo. [Science20]

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