O CONFLITO IMINENTE



O paganismo previa que se o evangelho triunfasse, seus templos e altares desapareceriam; acenderam-se, pois, as fogueiras da perseguição. Os cristãos eram despojados de suas posses e expulsos de suas casas. Grande numero deles - nobres e escravos, ricos e pobres,letrados e ignorantes - foram mortos sem misericórdia. Iniciando sob Nero, as perseguições prosseguiram durante séculos. Os cristãos eram falsamente acusados como causadores de fomes, pestes e terremotos. Denunciantes, por amor ao ganho, prontificavam-se em trair os inocentes, acusando-os como rebeldes e pestes da sociedade. Grande número deles eram lançados as feras ou queimados vivos nos anfiteatros. Os seguidores de Cristo foram forçados a procurara esconderijo em lugares solitários. Sob as colinas, fora da cidade de Roma, longas galerias tinham sido feitas através da terra e da rocha, estendendo-se por muitos quilômetros além dos muros da cidade. Os esforços para destruir a Igreja de Cristo foram em vão. Os obreiros de Deus eram mortos mas o evangelho continuava a ser pregado, e o numero dos que o aceitavam apenas aumentava, esforçando-se por obter por artifício aquilo que não lograra pela força. Cessou a perseguição. Em seu lugar foi posta a sedução da prosperidade temporal e honra mundana. Idólatras foram levados a receber a fé cristã, enquanto rejeitavam outras verdades essenciais. A maioria dos cristãos finalmente consentiu em rebaixar a norma. Formou-se uma união entre o cristianismo e o paganismo. Embora os adoradores de ídolos professassem estar unidos a Igreja, apegavam-se ainda a idolatria, modificando apenas os objetos de culto, substituindo por imagens de Jesus, e até mesmo de Maria e dos santos. Doutrinas errôneas, ritos supersticiosos e cerimônias idolátricas foram incorporados a fé e culto da igreja. A religião cristã se tornou corrupta, se modo que a Igreja perdeu a sua pureza e poder. 



Os cristãos primitivos eram na verdade um povo peculiar. Poucos em número, destituídos de riqueza, posição ou títulos honoríficos. Como pois o evangelho ser chamado mensagem de paz? Os anjos cantaram sobre as planícies de Belém: “Gloria a Deus nas maiores alturas,e paz na terra entre os homens. “Lucas 2:14. Há uma aparente contradição entre estas declarações proféticas e as palavras de Cristo: “Não vim trazer a paz, mas espada.” Mateus 10:34. Corretamente entendidas, porém ambas estão em perfeita harmonia. Muitos que são fracos na fé estão prontos a lançar de si a confiança de Deus pelo fato dele permitir que os ímpios prosperem ao passo que os melhores e mais puros são atormentados pelo cruel poder daqueles. Como pode alguém que é justo e misericordioso, e infinito em pode, tolerar tal injustiça? Não devemos duvidar de Deus por não podermos compreender sua providencia. Disse o Salvador: “Lembrai-vos da palavra que eu vos disse: Não é o servo maior que seu Senhor”



Os costumes do paganismo tiveram ingresso na igreja cristã, embora restringidos durante algum tempo pelas terríveis perseguições que a Igreja teve que suportar. Cessada a perseguição, o cristianismo pôs de parte a simplicidade de Cristo, em troca de pompa e orgulho dos sacerdotes e governadores pagãos. A conversão nominal de Constantino causou grande regozijo. Progrediu rapidamente a obra de corrupção. O paganismo, conquanto parecesse suplantado, tornou-se o vencedor. Suas doutrinas e superstições se incorporaram a fé dos cristãos. Este compromisso entre o paganismo e o cristianismo resultou no “homem pecado” predito na profecia. Aquela falsa religião é a obra prima de Satanás, seu esforço por sentar-se sobre o trono e governar a terra segundo sua vontade. Uma das principais doutrinas do romanismo é que o papa esta investido de autoridade suprema sobre bispos e pastores de todo o mundo. Deus jamais designou algum homem como cabeça de toda a igreja. A supremacia papal se opõe as escrituras. A profecia declara que o papado havia de cuidar em ”mudar os tempos e a lei” Daniel 7:25. A fim de promover um substituto para a adoração dos ídolos, a adoração de imagens e relíquias foi gradualmente introduzida no culto cristão. O decreto de um concilio geral estabeleceu finalmente esta idolatria. Roma se atreveu a eliminar a lei de Deus o segundo mandamento, que proíbe a adoração de imagens. Lideres não consagrados da igreja tripudiaram também sobre o quarto mandamento, pondo de parte o antigo sábado, e em seu lugar exaltaram a festa observada pelos pagãos como o “ venerável dia do Sol” Satanás induzira os judeus a sobrecarregar o sábado com as mais rigorosas imposições, tornando-o um fardo. Agora, tirando vantagem da falsa luz sob a qual ele assim fizera com que fosse considerado, lançou desdém sobre o sábado, como sendo uma instituição “judaica” . Enquanto cristãos geralmente prosseguiam observando o domingo com festividade e prazenteira, ele os levou a fim de mostrarem seu ódio ao judaísmo, a fazer do sábado um dia de tristeza e pesar. O imperador Constantino promulgou um decreto fazendo do domingo uma festividade pública em todo o Império Romano. O dia do sol era reverenciado por seus súditos pagãos e honrado pelos cristãos. Foi instado a fazer isto pelos Bispos da igreja inspirados pela sede de poder, perceberam que, se o mesmo dia fosse observado tanto por cristãos quanto pagãos , isto resultaria em poder e gloria para a igreja. A observância do domingo teve origem no”mistério da iniqüidade” (II Tessalonicenses2:7) Que razão pode ter dado para uma mudança que as escrituras não sancionam? 



No século sexto o bispo de Roma foi declarado como cabeça de toda a igreja. O paganismo cedera lugar ao papado. O dragão dera a Besta”o seu poder, o seu trono e grande autoridade”. Apocalipse 13:2.
Começaram assim os 1260 anos de opressão papal preditos nos profecias de (Daniel 7:25; Apocalipse 13:5-7) A fé foi transferida de Cristo para o papa de Roma. Em vez de confiar no filho de Deus para o perdão dos pecados e para a salvação eterna, o povo olhava para o papa e apara os sacerdotes a quem ele delegara autoridade. 



Ainda uma outra invencionice era necessária para habilitar Roma a aproveitar-se dos temores e vícios de seus adeptos: a doutrina das indulgências. Completa remissão dos pecados, passados e presentes e futuros era prometida a todos que se alistassem nas guerras do pontífice, com vistas a punir seus inimigos e aqueles que ousassem negar-lhe a supremacia espiritual. Pelo pagamento de dinheiro a igreja, o povo poderia livrar-se do pecado e igualmente libertar as almas de amigos falecidos que estivessem confinadas as chamas atormentadoras. Por estes meios Roma encheu os cofres e sustentou sua magnificência, luxo e vícios dos pretensos representantes daquele que não tinha onde reclinar a cabeça. A ceia do Senhor fora suplantada pelo idolátrico sacrifício da missa. Sacerdotes papais pretendiam converter o simples pão e vinho no verdadeiro “corpo e sangue de Cristo” No décimo terceiro século foi estabelecido o mais terrível de todos os estratagemas do papado – a Inquisição. 



O ultimo grande conflito entre a verdade e o erro relaciona-se com a lei de Deus, e tão fácil fazer um ídolo de falsas teorias quanto talha-lo em madeira ou pedra. Representando falsamente Deus, isso leva os homens a olha-lo sob um falso prisma. Um ídolo filosófico e entronizado em lugar do Deus vivo, o deus de muitos filósofos, poetas, políticos e jornalistas – de muitas universidades, e até mesmo de algumas instituições teológicas – é pouco melhor do que Baal, o deus-sol da Fenícia nos dias de Elias. Nenhum erro fere mais audaciosamente a autoridade do Céu, nenhum é mais pernicioso em seus resultados, do que a doutrina de que a lei de Deus não mais vigora. Seria mais razoável que as nações abolissem seus estatutos, do que o Governador do universo anular a Sua lei. Os que ensinam o povo a considerar com leviandade os mandamentos de Deus semeiam desobediência para colherem desobediência, essa doutrina já esta abrindo sobre o mundo as comportas da iniqüidade ilegalidade e corrupção nos assoberbam qual maré esmagadora. Os mais vis criminosos tornam-se muitas vezes recebedores de atenções, como se houvessem alcançado invejável distinção. Dá –se grande publicidade a seus crimes. A imprensa publica as minúcias revoltantes do vício, iniciando desta maneira outros a pratica da fraude, roubo e assassínio, os tribunais de justiça estão corrompidos; governantes são movidos pelo desejo de ganho e amor aos prazeres sensuais. A intemperança obscureceu a muitos, de modo que o espírito maligno exerce sobre eles quase completo domínio. Os juristas se acham pervertidos, subordinados seduzidos.Embriagues e orgia, desonestidade de toda a sorte, estão representadas entre os que administram as leis. Tal como em épocas passadas, ele esta operando através da igreja a fim de favorecer seus desígnios. 



Combatendo verdades impopulares apresentadas na Bíblia, adotam interpretações que têm espalhado largamente as sementes do ceticismo. No futuro o espírito maligno toma a decisão de não se render no grande conflito contra o Deus vivo, arregimentara sob a sua bandeira os perdidos que aceitaram o governo do chefe rebelde e naquela vasta multidão há muitos que pertenceram a raça de grande longevidade que existiu antes do dilúvio, homens de estatura elevada e gigantesco intelecto; homens cujas maravilhosas obras de arte levaram o mundo a idolatrar seu gênio, mas cuja a crueldade e invenções más fizeram com que Deus os eliminasse da Terra.



FONTE: Trecho do Livro O GRANDE CONFLITO de Ellen G. White  



O deus persa Mitras ou Mithras possui uma mitologia muito interessante. Digo isso porque as similaridades míticas entre ele e o Jesus cristão transcendem o campo das meras coincidências. Não é à toa que Napoleão Bonaparte dizia que “a História é a maior inimiga da religião”. À partir do momento que uma pessoa se aprofunda nos estudos da Mitologia, muito da aura de originalidade e veracidade das religiões se perde (em alguns casos se perde por completo). É uma pena que estudos desse tipo não são levados mais à sério nas escolas, e é uma pena maior ainda ver as mensagens de amor, crescimento e espiritualidade se perderem num culto cego ao mensageiro. A única pessoa que pode te salvar é você mesmo. Todos temos capacidade racional e intuitiva para discernir o que é bom e dá bons frutos do que é mal e prejudica. Joseph Campbell, o grande mitólogo (um dos maiores do mundo), dizia “as pessoas chamam de mitologia a religião dos outros”. Nada mais realista. Todas as religiões possuem mitologia. Algumas podem até possuir personagens históricos reais e de existência comprovada (como no caso de Siddharta Gautama, o fundador do budismo, que realmente existiu, apesar de os budistas saberem discernir as partes metafóricas e mitológicas da história dele, das partes reais – o que é raro, em se tratando de religião), porém todas, sem exceção possuem a mesma essência mitológica comum. E para exemplificar isto que estou dizendo (aconselho inclusive a você não se limitar somente a acreditar em mim, mas a ir atrás e buscar a história desses deuses/profetas/avatares que serão citados à seguir e compará-los), tenho há alguns anos um pequeno excerto de um texto (retirado do site:



http://www.mystae.com/restricted/reflections/messiah/pagan.html ) que traz algumas dessas similaridades míticas, para muitos consideradas “desconcertantes”:



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Deuses Ressurectos



“Muitas outras deidades, como por exemplo Tammuz, o deus dos antigos ensinamentos de mistério dos sumérios e fenícios, tinham nascido de uma virgem, morreram com uma ferida em seu flanco, e depois de três dias se levantaram de sua tumba, deixando-a vazia com a rocha da entrada rolada ao lado… É significativo que Belém não foi a única cidade de Davi, mas também o centro antigo de um culto a Tammuz, com um templo que permaneceu ativo nos tempos bíblicos” – Baigent, Leigh and Lincoln, The Messianic Legacy



“Então ele me levou para a porta do portal da casa do Senhor que estava em direção ao Norte; e havia mulheres se lamentando por Tammuz.” – Ezequiel 8:14



Cada primavera, as mulheres cerimonialmente lamentam sua morte e uns poucos dias mais tarde celebram sua ressurreição.



“Wittoba, um dos deuses hindus, é representado com furos de lança nas mãos com os braços estendidos na forma de uma cruz romana. A imagem é coroada com uma coroa pata, tipica de todas as encarnações de Vishnu. Os pés também estão pregados.



“Em Anacalypsis de Godfrey Higgins, o deus Indra é descrito em uma cruz com cinco ferimentos representando buracos de lança. Nas narrativas mais antigas de Prometheus, é dito que este salvador foi lanceteado por um raio ereto de madeira do qual foi afixado braços de madeira. A cruz foi situada no Mt. Caucusus, perto do mar Cáspio. A história da crucificação de Prometheus, enterro e ressureição foi encenada em uma pantomina na antiga Atenas 500 anos antes de Cristo”.



“Nós encontramos ao menos 12 personagens míticos-históricos antes do advento de Cristo que são ditos terem sofrido crucificação/morte e tenham se elevado dos mortos. Entre eles estão:



Krishna
Wittoba
Osiris
Attis
Indra
Prometheus
Mithra
Dionysus
Hesus
Aesculapius
Adonis
Apollonius of Tyana



Várias destas figuras são ditas terem sido crucificadas no equinócio da primavera e terem se elevado no terceiro dia ” – The Christian Conspiracy: The Orthodox Suppression of Original Christianity



Entre a data tradicional da celebração do solstício de inverno, 25 de dezembro, e o equinócio da primavera (páscoa, ou Easter, da deusa da terra latina), havia uma busca por Osíris, o deus egípcio da ressurreição. Isto corresponde aos 40 dias de aparecimentos pós-ressurreição de Jesus relatada nos Atos.



“O deus salvador e as deusas da fertilidade realizam seus festivais de ressurreição na lua cheia que segue o equinócio vernal. A cristandade celebra a festa da ressurreição na mesma data. Uma das mais conhecidas deusas da fertilidade foi Easter, ou Ishtar, Astarte e Ashtaroth.”
- William Harwood, Mythologies Last Gods: Yahweh and Jesus



Mithras, o salvador



“Rejubilem-se, sagrado bando de iniciados, seu deus se elevou dos mortos. Suas dores e sofrimentos devem ser sua salvação” – palavras pronunciadas pelo sacerdote mitraico.



O mitraismo “postulava um apocalipse, um dia do julgamento, uma ressurreição da carne e uma segunda vinda do próprio messias, que finalmente derrotaria o princípio do mal. Dizia-se que Mitras nascera em uma caverrna ou gruta, onde pastores o atenderam e lhe deram presentes”. – Baigent, Leigh and Lincoln, The Messianic Legacy



“Como os cristãos, os mitraistas acreditavam que seu salvador tinha descido do céu à Terra; tinha partilhado uma última ceia com 12 seguidores; tinha redimido a humanidade do pecado ao verter seu sangue e tinha se elevado dos mortos. Eles até mesmo batizavam seus convertidos (por meio do sangue do touro) para lavá-los de seus pecados .” – Quest for the Past



O mitraismo também tem as seguintes correspondências com a cristandade:



Era dito que Mitras fora enviado por um deus pai para vencer o mal e as trevas no mundo.



Mitras nasceu de uma virgem, um nascimento testemunhado apenas por pastores.



Mitras foi descrito várias vezes como O Caminho, A Verdade, A Luz, A Palavra, O Filho de Deus.



Ele também foi conhecido como o Bom Pastor e era freqüentemente representado com um carneiro em seus ombros.

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