Todo ano, o impossível parece acontecer: descobrimos mais e mais espécies de plantas e animais habitando nosso lindo planeta, fonte infindável de surpresas.
1. Boto-do-Araguaia (Inia araguaiaensis), uma nova espécie de boto do Brasil
O boto-do-Araguaia pode ser encontrado na parte inferior e média do rio Araguaia de Barra do Garças às corredeiras de Santa Isabel e em vários afluentes, como os rios Vermelho, Peixe, Crixás-Açú e Água Limpa, além de nos lagos dos Tigres e Rico, no estado de Goiás, e no lago Montaria, no estado de Mato Grosso.
Antes da descoberta, cinco espécies de botos verdadeiros eram conhecidas: o boto do Amazonas (Inia geoffrensis), o boto boliviano (Inia boliviensis), o boto do sul da Ásia (Platanista gangetica), o boto de La Plata (Pontoporia blainvillei) e o boto Baiji (Lipotes vexillifer).
2. Phryganistria heusii yentuensis, o segundo inseto mais longo do mundo
Phryganistria heusii yentuensis é um bicho-pau encontrado no nordeste do Vietnã. Pode atingir até 32 centímetros de comprimento, e 52 centímetros com os membros dianteiros estendidos.
3. Aranha ginasta (Cebrennus rechenbergi), uma aranha que dá estrelinhas do Marrocos
Essa aranha marroquina pertence à Sparassidae, uma família de aranhas conhecidas como caçadoras devido à sua velocidade e modo de caça. É um animal noturno que vive no deserto do sudeste do Marrocos, Erg Chebbi.
Segundo os cientistas, a aranha é capaz de se mover por meio de saltos que lembram as “estrelinhas” que as crianças costumam fazer. Como uma ginasta impulsionando-se do chão, o animal realiza uma série de movimentos rápidos saltando a quase 2 metros por segundo, o que permite que se mova duas vezes mais rápido do que se apenas caminhasse normalmente.
4. Dendrogramma enigmatica e D. discoides, dois animais inclassificáveis de profundidade da Austrália
O pesquisador Dr. Jørgen Olesen e seus colegas da Universidade de Copenhague coletaram essas duas espécies – D. enigmatica e D. discoides – a 400 e 1.000 metros de profundidade na costa australiana próximo ao Estreito de Bass e à Tasmânia.
Segundo os cientistas, estes organismos em forma de cogumelo não podem atualmente ser colocados em um filo existente (a subdivisão principal de um reino taxonômico).
5. Esox aquitanicus, peixe encontrado na França
Esse peixe pode ser encontrado nas bacias de Charente, Dordogne, Eyre e Adour. O lago Mouriscot constitui a sua localização mais sulista atualmente conhecida.
O animal tem flancos cinzas a verde-amarelos, com 16 a 30 barras verticais oblíquas. A cor das barbatanas é amarela para laranja. Alguns espécimes podem exceder um metro de comprimento.
6. Musa arunachalensis, uma espécie de banana selvagem da Índia
Musa arunachalensis é encontrada no nordeste da Índia. Suas flores e frutos ocorrem de janeiro a maio. Essa banana selvagem difere de outras espécies Musa por sua inflorescência. A cor da bráctea é laranja avermelhada com uma ponta amarela.
7. Antechinus arktos, uma espécie de marsupial da Austrália
O Antechinus de cauda negra é um marsupial carnívoro que vive em áreas de alta altitude e alta pluviosidade na caldeira do vulcão de Queensland, até o sul-leste e nordeste de Nova Gales do Sul.
8. Nova baleia-bicuda (Mesoplodon hotaula), uma espécie do Pacífico
Essa nova baleia-bicuda é possivelmente um animal raro; apenas sete exemplares foram encontrados presos em ilhas tropicais no Pacífico ocidental e central.
9. Aetobatus narutobiei, uma espécie de raia-pintada do noroeste do Pacífico
Aetobatus narutobiei é uma raia de médio a grande porte, com até 1,5 metro de largura. A espécie é encontrada nas águas ao largo do Vietnã, Hong Kong, China, Coreia do Sul e Japão. É particularmente abundante na baía Ariake, no sul do Japão, onde é considerada uma praga que preda bivalves cultivados.
10. Pempheris flavicycla, um peixe tropical do Oceano Índico
O Pempheris flavicycla mede de 12 a 14 centímetros de comprimento e tem um anel amarelo brilhante ao redor da pupila do olho e uma mancha preta na base das barbatanas peitorais.
A espécie pode ser encontrada em águas claras e áreas de recifes de coral não expostas a mares agitados. Geralmente, é encontrado a menos de 15 metros.
11. Cinco espécies de saguis da América do Sul – Pithecia rylandsi, Pithecia mittermeieri, Pithecia isabela, Pithecia cazuzai e Pithecia pissinattii
Os macacos saguis são criaturas rápidas que passeiam por copas das árvores saltando até 9 metros. Eles formam pequenos grupos de 2 a 9 indivíduos, geralmente constituídos por um único casal reprodutor e vários jovens.
O Pithecia rylandsi vive no noroeste da Bolívia, sudeste do Peru e, possivelmente, no sul do estado de Rondônia e no oeste do estado de Mato Grosso, no Brasil.
O Pithecia mittermeieri é encontrado apenas no Brasil, ao sul do rio Amazonas entre os rios Madeira e Tapajós.
O Pithecia isabela é encontrado somente no Peru.
O Pithecia cazuzai vive no Brasil, aparentemente somente no rio Solimões, em ambos os lados do rio Juruá em Fonte Boa e Uarini.
O Pithecia pissinattii é conhecido apenas no Brasil, ao sul de rio Solimões na zona norte entre os rios Purus e Madeira.
12. Keesingia gigas, medusa venenosa da Austrália
Medusas que causam a síndrome Irukandji são capazes de envenenar suas vítimas. Suas picadas são apenas moderadamente dolorosas. No entanto, 20 a 30 minutos depois, alguns pacientes podem desenvolver sintomas como dor abdominal, dor nas articulações, náuseas, vômitos, sudorese profusa e agitação. Os pacientes também podem experimentar dormência ou parestesia. Reações mais graves incluem hipertensão e taquicardia. Os sintomas duram de horas a semanas, e as vítimas geralmente necessitam de internação hospitalar.
Keesingia gigas é uma das medusas capazes de causar a síndrome. Enquanto a maioria das medusas ligadas à Irukandji possuem de 5 milímetros a 2,5 centímetros de altura, a Keesingia gigas pode chegar a 50 centímetros. Até o momento, apenas dois casos de picadas desta espécie foram documentados – uma causou síndrome Irukandji grave, enquanto a outra causou apenas dor local na virilha.
13. Malo bella, outra medusa venenosa da Austrália
A Malo bella é outra espécie de medusa da Austrália recém-descoberta que também causa Irukandji.
Ela tem um corpo pequeno em forma de sino, com cerca de 19 milímetros de altura. É a menor espécie descrita do gênero Malo.
14. Lophiaris silverarum, uma espécie de orquídea do Panamá
A família da orquídea contém o maior número de espécies de plantas do mundo – até 30.000. Só no Panamá, há cerca de 1.100 espécies conhecidas.
Lophiaris silverarum cresce apenas no centro do país. As flores surgem em novembro e duram aproximadamente um mês.
15. Bumba lennoni, uma espécie de tarântula do Brasil
Nomeada em homenagem a John Lennon, Bumba lennoni pertence à família Theraphosidae. É uma aranha principalmente noturna, com cerca de 3 a 4 centímetros de comprimento.
Como outras tarântulas, ela tem pelos defensivos no abdômen que produzem irritação quando entram em contato com a pele ou tecidos sensíveis.
[SciNews]
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